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31/10/2010

Curitiba brilha: em 2010, cidade ganhou dois prêmios - Por Luana Caires

Os esforços para combinar altas taxas de crescimento demográfico com um planejamento urbano sustentável renderam à capital paranaense o Globe Award Sustainable City (Prêmio de Cidade Sustentável Global), que todo ano elege a cidade mais sustentável do mundo, e o Sustainable Transport Award (Prêmio de Transporte Sustentável), que premia os melhores projetos de transporte público. O júri que concedeu a primeira premiação destacou o sistema de gestão que coloca o meio ambiente na agenda de todos os setores da administração, promovendo investimentos no transporte, criação de parques de reciclagem, educação ambiental  e proteção de áreas verdes. Entretanto, nem tudo são flores. Os investimentos em transporte dobraram a dívida da cidade e a Linha Verde, carro-chefe dos novos projetos, sofre com engarrafamentos que exasperam seus usuários.

A expansão do transporte público curitibano foi pensada já na década de 70 com a criação do BRT, corredor exclusivo para o ônibus expresso. Depois vieram os veículos articulados, os biarticulados e as estações tubos, que permitem o pré-pagamento da tarifa e o embarque dos passageiros no mesmo nível dos ônibus. Hoje, segundo dados da prefeitura, Curitiba conta com 1.910 ônibus que transportam todos os dias 2,4 milhões usuários percorrendo 480 mil quilômetros.
Com o objetivo de melhorar a mobilidade na região, o trecho urbano de uma antiga Rodovia Federal (BR-116) que atravessa a cidade foi revitalizado, dando lugar à Linha Verde, via de grande capacidade com cerca de nove quilômetros de extensão – ainda em fase de expansão ­– que liga o Terminal Pinheirinho à Praça Carlos. Nessa linha estão sendo testados os primeiros ônibus movidos a biocombustível da  América Latina. Dos 12 veículos que operam no trecho, seis usam combustível 100% à base de soja (B-100). Essa tecnologia foi implantada em agosto de 2009 e emite 30% menos monóxido de carbono e 25% menos fumaça em comparação com o diesel. O custo, porém, fica 27,2% maior e a diferença tem de ser bancada pelo poder público.
Estima-se que os investimentos na mobilidade urbana devem fazer a dívida da prefeitura saltar de R$289 milhões para R$635 milhões até o fim de 2012. Apesar de muitos especialistas reconhecerem o valor conceitual das obras da Linha Verde, os curitibanos reclamam do trânsito intenso da via.
Mas há outras apostas.  O programa de reflorestamento enfatiza o uso de plantas nativas e extração de mudas invasoras e está sendo implantado em florestas, parques e praças; além do plantio de 300 mil árvores entorno do sistema viário. A diversidade do ecossistema urbano é discutida em palestras, peças de teatro e visitas a bosques promovidas nas escolas municipais.

Por fim, a gestão de resíduos sólidos de Curitiba também chama atenção. As folhas e galhos recolhidos dos parques e das praças da cidade viram adubo orgânico para os canteiros das ruas, cerca de dois mil litros de óleo de cozinha usado são recolhidos todo mês e transformados em outros produtos, os pneus velhos são reaproveitados ou transformados em material energético em indústrias licenciadas. Além disso, com o projeto Ecocidadão foram criados 10 parques de reciclagem para ajudar na organização da coleta informal de materiais reutilizáveis, e aproximadamente R$ 1,2 milhão da renda proveniente da venda dos reciclados foram revertidos para aos trabalhadores associados.
Por essas iniciativas e o reconhecimento que obtêm, Curitiba continua sendo a cidade brasileira a bater quando se fala de planejamento urbano. Tomara que o título estimule a concorrência.
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