Pesquisa publicada na revista Science reforça as consequências negativas da influencia dos gases efeitoe stufa sobre a formação de nuvens.
São Paulo - Uma das grandes incertezas a respeito das mudanças climáticas globais está nas nuvens. Como elas reagirão ao aquecimento do planeta – e com que consequências – é algo que tem intrigado os cientistas. De um lado, estudos apontam que o aquecimento irá alterar as nuvens de forma a contrabalançar os efeitos dos gases estufa. De outro, pesquisas indicam que as mudanças nas nuvens aumentarão o aquecimento.
Um novo trabalho, publicado nesta sexta-feira na revista Science, reforça o lado negativo. Segundo o estudo, em escala global as nuvens, atualmente, influenciam o clima de tal modo que resulta na diminuição da temperatura na superfície do planeta. Mas elas perderão parte dessa capacidade de resfriamento. Justamente por culpa dos gases estufa. Andrew Dessler, da Texas A&M University, nos Estados Unidos, analisou dados colhidos nos últimos dez anos por satélites dos padrões climáticos recorrentes El Niño (que causa aquecimento) e La Niña (que causa resfriamento).
As consequências dos fenômenos – mais calor ou mais frio – foram usadas para simular tendências na temperatura. Em um mundo mais quente, as nuvens mais elevadas – que tendem a segurar o calor proveniente da luz solar, que sem elas escaparia para o espaço – podem se tornar mais espessas ou se expandir em maiores áreas de cobertura. Essa resposta positiva das nuvens levaria a um aquecimento ainda maior.
Ou, então, os gases estufa poderiam engrossar e expandir as nuvens mais baixas, refletindo mais energia solar ao espaço e esfriando o planeta. Essa seria o que os cientistas chamam de resposta negativa.
A princípio, os cientistas poderiam estimar qual resposta seria prevalente em um cenário de aquecimento ao comparar a temperatura superficial com a quantidade de energia devolvida ao espaço. O problema é que registros disponíveis de tais perdas de radiação são insuficientes para revelar o que ocorreu no último século.
Dressler usou apenas dez anos de dados de satélite, que são considerados os melhores dados existentes. E removeu dos resultados as respostas devidas a outros fatores, como alterações no vapor de água.
O resultado geral do estudo apontou uma resposta positiva, isto é, de aquecimento. Ao avaliar os oito principais modelos climáticos globais, o cientista também encontrou uma resposta positiva.
Segundo Qiang Fu, da Universidade de Washington, o estudo é importante por confirmar modelos climáticos de aquecimento. “Os resultados não mostram qualquer evidência de uma grande resposta negativa das nuvens”, disse.
Mas Dressler reforça que os resultados podem ser aplicados para uma estimativa de curto prazo e que novos estudos são necessários para previsões de maior extensão.
As consequências dos fenômenos – mais calor ou mais frio – foram usadas para simular tendências na temperatura. Em um mundo mais quente, as nuvens mais elevadas – que tendem a segurar o calor proveniente da luz solar, que sem elas escaparia para o espaço – podem se tornar mais espessas ou se expandir em maiores áreas de cobertura. Essa resposta positiva das nuvens levaria a um aquecimento ainda maior.
Ou, então, os gases estufa poderiam engrossar e expandir as nuvens mais baixas, refletindo mais energia solar ao espaço e esfriando o planeta. Essa seria o que os cientistas chamam de resposta negativa.
A princípio, os cientistas poderiam estimar qual resposta seria prevalente em um cenário de aquecimento ao comparar a temperatura superficial com a quantidade de energia devolvida ao espaço. O problema é que registros disponíveis de tais perdas de radiação são insuficientes para revelar o que ocorreu no último século.
Dressler usou apenas dez anos de dados de satélite, que são considerados os melhores dados existentes. E removeu dos resultados as respostas devidas a outros fatores, como alterações no vapor de água.
O resultado geral do estudo apontou uma resposta positiva, isto é, de aquecimento. Ao avaliar os oito principais modelos climáticos globais, o cientista também encontrou uma resposta positiva.
Segundo Qiang Fu, da Universidade de Washington, o estudo é importante por confirmar modelos climáticos de aquecimento. “Os resultados não mostram qualquer evidência de uma grande resposta negativa das nuvens”, disse.
Mas Dressler reforça que os resultados podem ser aplicados para uma estimativa de curto prazo e que novos estudos são necessários para previsões de maior extensão.