Em 2013, pela primeira vez os cultivos geneticamente modificados devem ultrapassar, em área ocupada, os não transgênicos no Brasil.
UOL Economia - Segundo a consultoria Céleres, especializada em agronegócio, o total da área plantada com cultivos geneticamente modificadas neste ano chega a 37,1 milhões de hectares, o que representa um aumento de 14% em relação ao ano anterior (que por sua vez, já tinha registrado um aumento de mais de 21% em relação à safra de 2010/2011) - ou seja, 4,6 milhões de novos hectares dedicados a variedades transgênicas.
O IBGE prevê, para 2013, uma área recorde dedicada à atividade agrícola no país de 67,7 milhões de hectares. Cruzando o dado do IBGE com o da consultoria Céleres, chega-se à conclusão de que os transgênicos responderão por 54,8% de toda a área cultivada na safra 2012/2013 no país.
No ano passado, as lavouras transgênicas cobriram 31,8 milhões de hectares (segundo a Céleres) e a safra total (incluindo transgênicos e não transgênicos) atingiu 63,7 milhões de hectares (segundo o IBGE), ou seja, as lavouras não transgênicas ainda ocupavam uma área maior que as transgênicas.
Esse avanço impressiona, ainda mais considerando-se que há cinco anos, segundo a Céleres, o cultivo total com transgênicos no país era de apenas 1,2 milhão de hectares.
Soja
A grande estrela nessa façanha é a soja modificada, tolerante a herbicidas - uma das cinco variantes aprovadas no país também é resistente a insetos. Seu cultivo foi autorizado pela CTNBio em 1998, mas liberado apenas em 2004, quando já vinha sendo plantada ilegalmente havia anos. Já em 2012 ela respondia por 85% de toda a soja plantada no país, ocupando mais de 21 milhões de hectares.
A previsão para 2013 da Céleres é de que a proporção da soja transgênica suba para 88,8%, equivalente a uma área de 24,4 milhões de hectares, de longe, a maior dedicada a cultivares transgênicos no país.
Nos Estados Unidos, 94% dos feijões de soja colhidos nos EUA em 2011 eram transgênicos, o mesmo pode ser dito de 88% do algodão - modificado para resistir a insetos - plantado no mesmo ano na Índia.
A soja transgênica foi introduzida nos Estados Unidos - o grande pioneiro do cultivos de GMs - em 1996, e já em 2001 ela respondia por 68% de toda a soja plantada no país.
O Brasil é hoje o segundo maior semeador de transgênicos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos - onde, em 2011/2012, os transgênicos ocupavam 70 milhões de hectares.
Nas suas estatísticas comparativas mais recentes - reunindo dados de 2010 - a FAO, a agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar estima que "quase 150 milhões de hectares no mundo" são plantados com cultivares geneticamente modificados.
O grosso dessa área é dedicado a plantações de soja, milho, canola (usado em forragem/ração) e algodão nas Américas, e de algodão na Ásia e na África.
Os maiores produtores entre os países em desenvolvimento são Brasil, Argentina, Índia e China. "Variedades de algodão resistente a insetos são os cultivares transgênicos comercialmente mais importantes na Ásia e na África", diz a FAO. Na América Latina, "são a soja resistente a herbicidas seguida pelo milho resistente a inseto".
A FAO reconhece que o cultivo de transgênicos cresceu "principalmente por causa dos benefícios da redução de custos de trabalho e produção, da redução no uso de químicos e dos ganhos econômicos".
O IBGE prevê, para 2013, uma área recorde dedicada à atividade agrícola no país de 67,7 milhões de hectares. Cruzando o dado do IBGE com o da consultoria Céleres, chega-se à conclusão de que os transgênicos responderão por 54,8% de toda a área cultivada na safra 2012/2013 no país.
No ano passado, as lavouras transgênicas cobriram 31,8 milhões de hectares (segundo a Céleres) e a safra total (incluindo transgênicos e não transgênicos) atingiu 63,7 milhões de hectares (segundo o IBGE), ou seja, as lavouras não transgênicas ainda ocupavam uma área maior que as transgênicas.
Esse avanço impressiona, ainda mais considerando-se que há cinco anos, segundo a Céleres, o cultivo total com transgênicos no país era de apenas 1,2 milhão de hectares.
Soja
A grande estrela nessa façanha é a soja modificada, tolerante a herbicidas - uma das cinco variantes aprovadas no país também é resistente a insetos. Seu cultivo foi autorizado pela CTNBio em 1998, mas liberado apenas em 2004, quando já vinha sendo plantada ilegalmente havia anos. Já em 2012 ela respondia por 85% de toda a soja plantada no país, ocupando mais de 21 milhões de hectares.
A previsão para 2013 da Céleres é de que a proporção da soja transgênica suba para 88,8%, equivalente a uma área de 24,4 milhões de hectares, de longe, a maior dedicada a cultivares transgênicos no país.
Nos Estados Unidos, 94% dos feijões de soja colhidos nos EUA em 2011 eram transgênicos, o mesmo pode ser dito de 88% do algodão - modificado para resistir a insetos - plantado no mesmo ano na Índia.
A soja transgênica foi introduzida nos Estados Unidos - o grande pioneiro do cultivos de GMs - em 1996, e já em 2001 ela respondia por 68% de toda a soja plantada no país.
O Brasil é hoje o segundo maior semeador de transgênicos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos - onde, em 2011/2012, os transgênicos ocupavam 70 milhões de hectares.
Nas suas estatísticas comparativas mais recentes - reunindo dados de 2010 - a FAO, a agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar estima que "quase 150 milhões de hectares no mundo" são plantados com cultivares geneticamente modificados.
O grosso dessa área é dedicado a plantações de soja, milho, canola (usado em forragem/ração) e algodão nas Américas, e de algodão na Ásia e na África.
Os maiores produtores entre os países em desenvolvimento são Brasil, Argentina, Índia e China. "Variedades de algodão resistente a insetos são os cultivares transgênicos comercialmente mais importantes na Ásia e na África", diz a FAO. Na América Latina, "são a soja resistente a herbicidas seguida pelo milho resistente a inseto".
A FAO reconhece que o cultivo de transgênicos cresceu "principalmente por causa dos benefícios da redução de custos de trabalho e produção, da redução no uso de químicos e dos ganhos econômicos".