Jose Eduardo Mendonça, Planeta Sustentável - Um estudo revelou níveis inesperadamente altos de tetraclorido de carbono (CC14) na atmosfera, mais de 25 anos depois da assinatura do Protocolo de Montreal, que proibiu o uso deste tipo de composto. A substância causa depleção na camada de ozônio, que protege animais, plantas e humanos dos raios ultravioletas emitidos pelo sol.
O trabalho da Nasa, publicado esta semana na Geophysical Research Letters, identificou a substância, antes utilizada em processos como lavagem a seco, refrigeração e em aerossóis.
Os países que assinaram o Protocolo relataram zero novas emissões do CC14 entre 2007 e 2012. Mas estes dados oficiais não batem com as descobertas da Nasa, o que sugere a existência de fontes que continuam a operar.
A agência espacial encontrou no ar 39 kilotoneladas de CC14, um pouco abaixo de um terço do pico de emissões reportado antes de o tratado entrar em vigor. As concentrações deveriam estar caindo 4% ao ano, mas os registros dizem que a queda tem sido de apenas 1%.
“Não deveríamos estar vendo isto de jeito nenhum”, disse ontem Qing Liang, cientista da atmosfera da Nasa e principal autora do estudo. “Agora é aparente que há ou vazamentos industriais não identificados, grandes emissões de locais contaminados ou fontes desconhecidas de CC14.”
Além das fontes inexplicadas, os resultados do estudo mostraram que a substância química permanece na atmosfera por 40% a mais de tempo do que se sabia anteriormente, informa o Daily Mail.
Foto: NASA
22/08/2014