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11/09/2017

BERLIM TESTA CONCEITO DE “CIDADE ESPONJA” PARA COMBATER CALOR E INUNDAÇÕES

CAPITAL ALEMÃ TENTA VIRAR-SE PARA A NATUREZA, NÃO CONTRA ELA
A chuva intensa que se sentiu no final de Agosto provocou pequenas inundações em Lisboa. A causa pode não ser exclusivamente do sistema de escoamento de águas da capital, mas do asfalto e betão que domina não só Lisboa como outras grandes cidades.



Berlim, na Alemanha, tem uma ideia para resolver o problema das inundações, mas também do calor: replicar a Natureza. Em Rummelsburg, um bairro na parte ocidental da cidade, os telhados foram revestidos a verde e as ruas preenchidas com árvores e vegetação; foram ainda criados corredores húmidos no subsolo. O conceito chama-se “cidade esponja” e consiste em manter a chuva onde ela cai, em vez de a escoar, simulando o ciclo natural da água.

No ecossistema natural, explica o vídeo da Bloomberg, a água da chuva é absorvida pelo solo e pela vegetação, e uma grande parte evapora em seguida, arrefecendo o ambiente. Carlo Becker é o arquitecto por detrás desta estratégia de “cidade esponja” que está a ser implementada em Berlim, não só em Rummelsburg, mas em outros bairros da cidade.

Mas Berlim não é uma “cidade esponja” perfeita, lembra a Bloomberg. Este Verão, a capital alemã foi atingida por aquela que a Bloomberg diz ter sido “a chuva mais pesada no século”, provocando grandes inundações e alertando todos sobre o trabalho ainda há a fazer neste campo. A Câmara Municipal decidiu recentemente que todas as novas construções devem implicar uma gestão local de águas pluviais, ao estilo do conceito de “cidade esponja”.

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