Você já ouvi falar nos macacos do gênero zogue-zogue (Callicebus)? Muito comuns no Amapá, eles vivem cerca de 13 anos e têm um cardápio para lá de variado: frutas, folhas, sementes e insetos são muito benvindos.
No final de 2010, durante expedição à Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, no Mato Grosso, na Amazônia, os pesquisadores do WWF-Brasilencontraram uma nova espécie de macaco zogue-zogue. O primata tem os mesmos hábitos de qualquer outro Callicebus, mas possui características físicas diferentes - entre elas, detalhes de coloração na cauda e na cabeça, nunca vistos antes em nenhuma outra espécie conhecida de macaco.
Para registrar a descoberta, os pesquisadores do WWF levaram um exemplar morto do novo animal - que foi encontrado no local - para o Museu Emílio Goeldi, em Belém, no Pará. Lá, a espécie poderá ser estudada e classificada por especialistas, de acordo com as normas internacionais de taxonomia, que levam em conta aspectos como peso, comprimento da cauda e cor e tipo de pelagem do animal.
O novo primata foi encontrado pelo biólogo Júlio Dalponte, entre os rios Guariba e Roosevelt, que são dois dos mais importantes cursos d’água do noroeste mato-grossense. Mas a expedição Guariba-Roosevelt teve várias outras descobertas bacanas. Os pesquisadores acharam cinco espécies de animais - entre entre aves, peixes e mamíferos - em extinção e outras 16 que, possivelmente, nunca haviam sido vistas antes pelo homem. Legal, né? Uma prova de que nós, seres humanos, ainda temos muito o que descobrir sobre a biodiversidade do planeta! Mais um motivo para preservá-la... Fonte : Planeta Sustentável - Débora Spitzcovsky