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04/04/2012

Rios e lagoas mais limpos para as Olimpíadas de 2016

Prevista no Caderno de Encargos dos Jogos de 2016, Unidade de Tratamento de Rios (UTR) do Arroio Fundo é uma das frentes ambientais na preparação da cidade para receber os Jogos Olímpicos


cidadeolimpica.com - O caminho da preparação para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, inclui não apenas as obras de transportes, sociais e de instalações esportivas. É preciso vencer um passivo ambiental de anos de descaso, principalmente nas lagoas da Barra da Tijuca. Nesse sentido, a partida já foi dada com a instalação da primeira unidade de tratamento de rios da região, no Canal do Arroio Fundo.
Inaugurada pela Prefeitura em dezembro de 2010, a unidade trabalha de forma diferente de uma estação de tratamento convencional – em que a água é acondicionada em tanques para receber os produtos químicos. O objetivo da técnica, de patente nacional, é melhorar a qualidade da água sem prejudicar o curso do Rio.

- A diferença desse tipo de tratamento é que numa estação de tratamento de esgotos você pode controlar a vazão do que está entrando. Na unidade de tratamento de rios, a água é tratada na própria calha. Então, esse tratamento deve levar em consideração às variabilidades a que o Rio está sujeito, como a chuva ou o aumento da carga de esgoto – explica a bióloga da Rio Águas Ana Lúcia Santoro.

E é justamente o esgoto o principal problema do Arroio Fundo hoje, e de outros quatro rios da região que desembocam nas lagoas da Baixada de Jacarepaguá. Com nascente no Parque Estadual da Pedra Branca, uma área verde de aproximadamente 130 milhões de m² na Zona Oeste, o Arroio Fundo recebe toneladas de carga orgânica pelos bairros em que passa. O último deles é a Cidade de Deus.

Inaugurada pela Prefeitura em dezembro de 2010, a Unidade de Tratamento de Rios (UTR) do Arroio Fundo recebe toneladas de carga orgânica pelos bairros em que passa, entre eles Jacarepaguá e Cidade de Deus.

O resultado é um rio praticamente morto, de água escura, com cheiro desagradável e repleto de lixo, como garrafas pet, sacos plásticos e até pedaços de móveis domésticos. O objetivo da URT do Arroio Fundo é barrar todo esse material, além de tentar retirar o máximo de carga orgânica, entregando na outra ponta do processo um rio de água quase transparente.

A luta diária contra a poluição requer o trabalho de uma grande quantidade de técnicos. A cada hora, um deles coleta água antes da estação de tratamento. Num laboratório, ela é distribuída em pequenos aquários, que fazem parte de um equipamento de teste. Neles são depositadas diferentes quantidades de produto químico. Depois de alguns minutos é possível decidir o quanto desse material será usado no tratamento do Arroio Fundo

- A gente faz ainda mensalmente um monitoramento de qualidade da água e de eficiência da estação com quatro parâmetros principais, que são a turbidez, a quantidade de sólidos em suspensão, além de demanda bioquímica de oxigênio – que é um indicativo da quantidade de matéria orgânica na água – e coliformes fecais. Isso é feito na entrada, para termos uma comparação com a água de saída, que deve estar pelo menos 80% mais limpa – complementa a bióloga.

A UTR do Arroio Fundo é apenas uma das cinco estações desse tipo previstas no Caderno de Encargos dos Jogos de 2016. Outras quatro semelhantes serão construídas no Arroio Pavuna, no Pavuninha, no Canal do Anil e no Canal do Rio das Pedras, todos rios que desembocam nas lagoas da Tijuca e de Jacarepaguá. Uma necessidade que poderia ser evitada com tratamento adequado de esgoto e educação ambiental.

O objetivo da técnica, de patente nacional, é melhorar a qualidade da água sem prejudicar o curso do Rio

- A operação aqui gira em torno de R$ 500 mil mensais. Em média, nós gastamos por dia aproximadamente 11 mil litros de sulfato de alumínio e 100 de polímero (produtos usados no tratamento). Se a gente fizer uma conta anual, isso chega a R$ 6 milhões de reais. O custo é alto, além do desgaste do meio ambiente, que é o principal – comenta o Mauro Duarte, presidente da Rio Águas.

Responsável por comandar a empresa que tem como algumas das funções implantar e operar essas estações – que já existem também no Rio Carioca, no Flamengo, e no Canal da Rocinha, em São Conrado – Mauro Duarte entende que as unidades de tratamento de rios não são uma solução definitiva para o problema ambiental. Mas vê a iniciativa como um bom começo para livrar do descaso um dos ecossistemas mais ricos da cidade.

- Eu tenho certeza que, não só em 2016, que é um prazo muito curto, mas em 2040 ou 50, a gente vai ver uma postura diferente das pessoas. E, até lá, da mesma forma que eu tive o prazer inaugurar isso aqui, eu gostaria de tirá-la e deixar o rio correr bem tratado. O bom será termos este curso d’água limpo, com peixes e pessoas podendo curtir a natureza de uma forma agradáveis. Isso seria muito gratificante de ver – conclui o presidente.

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