18/02/2013
Flagrante do Ibama/MT impede o desmatamento de 200 hectares
A operação nacional Onda Verde, deflagrada este mês pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em seis locais estratégicos com riscos de desmatamento ilegal na Amazônia, tem dois pontos localizados em Mato Grosso: Juína e Sinop. Na região de Juína, as ações da Onde Verde tiveram início na semana passada (04) e já começaram a dar resultados positivos.
Nicélio Silva, Fotos: Sandra Romeiro - Ibama
Ascom/Ibama/MT, Ecodebate - No dia 11, durante o feriadão de Carnaval, agentes ambientais do Ibama flagraram dois tratores de esteira iniciando o desmatamento de uma floresta dentro do Projeto de Assentamento Tibagi, no município de Brasnorte (MT), a 435 quilômetros de Cuiabá. Segundo informação coletada pelos agentes, um produtor rural residente no município vizinho, Campo Novo do Parecis, “comprou” dois lotes do referido assentamento com o objetivo de implantar lavoura de soja na área.
Segundo depoimento do proprietário dos máquinas, os trabalhos haviam começado no dia anterior. Constatou-se que os tratores derrubaram apenas uma linha no entorno da área a ser derrubada. Na sequência, com o uso do correntão, toda a área delimitada seria desmatada. Com o uso de ferramentas de geoprocessamento, calculou-se o desmate de apenas 4,6 hectares. Todavia, se a equipe de fiscais não tivessem interrompido a ação, um total de 200 hectares de vegetação nativa teria sido derrubado.
Os tratores de esteira, assim como um correntão com aproximadamente 50 metros, e uma carreta tanque de combustível de 5000 litros, foram apreendidos. Os proprietários dos bens apreendidos e da área desmatada também foram autuados pelo Ibama.
A ação fiscalizatória, executada em pleno período de carnaval, surpreendeu muitos moradores da região. Segundo o superintendente do Ibama/MT, Marcus Keynes, a presença ostensiva na região deverá evitar o desmatamento da vegetação nativa e, também, monitorar as áreas embargadas anteriormente.
A operação Onda Verde continua até o final do ano e contará também com servidores de outros estados. Dados de satélites com maior precisão também serão utilizados. Se, antes, o sistema apontava áreas degradas a partir de 30 metros quadrados, hoje, poderão ser detectadas a partir de cinco metros quadrados. E os agentes do Ibama estarão prontos para agir na região.