Joelma Maria Lopes Rodrigues Ruano, Colégio Arbos - Diante de uma sociedade capitalista, são elevados os investimentos nos setores industrial e tecnológico pela busca desenfreada do desenvolvimento econômico, intensificando a crise ambiental no qual a natureza sofre com os impactos negativos. O meio ambiente é a mercadoria geradora de lucros, agravando os problemas socioambientais relacionados à sustentabilidade da escassez dos recursos hídricos, energia, poluição, biodiversidade, mudanças climáticas e crescimento populacional.
Atualmente, existe uma maior preocupação com os problemas ambientais, em que o governo e sociedade buscam infinitas soluções que possam ser colocados em prática através de novos modelos de gestão ambiental, implementação de políticas públicas simples, projetos e acordos, a fim de que todos possam ter acesso a estas novas propostas com foco no desenvolvimento sustentável, visando a mitigação e prevenção dos problemas ambientais.
Infelizmente, percebo que as discussões em torno das questões ambientais, na tentativa de incutir na população uma conscientização a respeito do tema, além de ainda serem poucas, acontecem de forma fragmentada. O ser humano acredita que está imune a tais adversidades, competindo a ele apenas fiscalizar, controlar e fazer uso dos recursos. Mas, como podemos contribuir com um meio ambiente sustentável?
É preponderante ao processo, mudanças de hábitos e atitudes, pois implica no papel de cidadão, no cumprimento de seus direitos e deveres. Parece simples, mas é de fato uma realidade difícil de superar, pois o ser humano é resistente a qualquer modificação em sua forma de viver e muitas vezes só aprende, ou talvez não, com a punição, como é o caso do Rio de Janeiro, que lançou este mês o Programa Lixo Zero que penalizará quem for flagrado jogando lixo no chão. É óbvio que a aplicação de multas não resolverá o problema, mas fará o cidadão refletir sobre o seu ato.
Também é essencial a ampliação de informações, debates e ações que sigam em direção a uma educação que possa interagir o ser humano ao seu ambiente real, levando-o a refletir diretamente no problema que o envolve. Há necessidade de uma democracia participativa, em que a população não apenas contribua para preservar o meio ambiente, mas fiscalize as políticas ambientais do governo e denuncie as irregularidades e os crimes ambientais que chegarem ao seu conhecimento.
O campo educacional assume o desafio de impulsionar as transformações ambientais através da formação de valores de sustentabilidade, pois sobre esta perspectiva, enfatizo que a maior conscientização sobre a temática ambiental está principalmente na população jovem, o que torna ainda mais importante, pois ela apresentará novas posturas diante dos novos paradigmas de educação.
A democratização de discussões sobre as questões ambientais, principalmente com o uso das ferramentas das mídias sociais, propiciam a repercussão imediata de atitudes corretas e a divulgação de ações ambientais positivas a toda população, iniciando pelo ambiente escolar, pois como já afirmei os jovens serão os responsáveis pela transformação social e a base para a conscientização de todos contra a degradação ambiental visando um novo modelo de sociedade sustentável.
26/06/2013
Meio ambiente é desafio no século 21
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