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10/04/2012

Ciência revela o impacto verdadeiro da agricultura

Agora é possível medir origem de nitrogênio  (Planeta Sustentável - José Eduardo Mendonça) - A mensuração precisa do impacto no clima de muitas práticas de agricultura industrial permanece difícil e controvertida. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de fertilizantes sintéticos de nitrogênio.
O efeito do excesso de fertilizantes em nossa água recebe muito mais atenção do que quando seus gases entram no ar. E por uma boa raão. É tóxico consumir nitratos em nossa água de torneira. Sabemos agora que o uso excessivo de nitrogênio na agricultura contaminou a água potável de regiões inteiras da Califórnia. Enquanto isto, o nitrogênio que vai parar no oceano causa a depleção de oxigênio e as chamadas “zonas mortas” em todo o mundo. A zona morta do Golfo do México, por exemplo, chegou no ano passado ao tamanho de todo o estado de Nova Jersey. E não para de crescer.

É sabido que o excesso de fertilizantes escapa dos campos agrícolas como gás, mas o quanto e para onde vinha sendo um mistério. Sua investigação valia a pena, já que a quantidade de óxido nitroso – o terceiro gás estufa mais poderoso, depois do CO2 e do metano – está aumentando na atmosfera. Na verdade, cresceu 20 por cento desde a Revolução Industrial, com uma boa parte disso nos últimos 50 anos. Em comparação, a quantidade de CO2 cresceu 40 por cento no mesmo período. Mas o óxido nitroso é cerca de 300 vezes mais potente como gas estufa. E é também uma substância química que depleta o ozônio.

Apontar a causa destas emissões era especialmente difícil porque cada molécula de óxido nitroso se parece com as outras. E há muitas fontes – de micróbios no campo, oceanos, paisagens naturais e fenômenos oceânicos, assim como de atividades humanas como destruição de florestas.

Como resultado, era impossível saber quanto disso vinha do uso de fertilizantes, e as grandes empresas agrícolas não tinham de dar satisfacões. Mas isto tudo pode mudar.

Agora, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia-Berkeley descobriu um modo de encontrar a pegada de diversas fontes de óxido nitroso – e determinou que o aumento acelerado no óxido nitroso na atmosfera nas últimas décadas se deve na verdade ao uso de fertilizantes de nitrogênio sintéticos.

Os pesquisadores chegaram a este feito com uma técnica fascinante – usando um “arquivo” natural de ar congelado da Antártica combinado com amostras de ar de uma estação de rastreamento de poluição na Tasmânia, Austrália.

Em sua análise, publicada na Nature Geoscience, os cientistas descobriram que micróbios em áreas pesadamente fertilizadas produzem óxido nitroso com muito de um isótopo particular (nitrogênio-14). A análise também mostrou diferenças em amostras dos dois locais que sugerem a capacidade de criar um mapa geográfico de emissões. Como explica a cientista Kristie Boering: “O fato de que a composicão isotópica do N2O mostra um sinal coerente no espaço e tempo é excitante, porque agora temos um modo de diferenciar as emissões naturais oceânicas daquelas da floresta amazônica e do N2O que retorna da estratosfera.” Deste modo, está aberto o caminho para a regulamentação do uso de fertilizantes pela grande agricultura, diz o Grist.

Foto: Isagani P. Serrano / International Rice Research Institute

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