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26/12/2017

O ecologismo dos pobres segundo Alier

Ecodebate - Lembra que a exploração brutal e crescente de recursos naturais causados por nosso modelo econômico dá origem a uma longa lista de problemas ambientais.
E também gera cada vez mais numerosos e extremamente graves conflitos sociais. Este é o conteúdo principal do livro, “O ecologismo dos pobres”, que aqui é abordado.
Se vê a economia como aberta à entrada de energia e aumento de materiais de produção e de resíduos, como o dióxido de carbono e outros sistemas de poluição.
Aumenta a dimensão física da economia. Em contraste, a economia humana aumenta em relação aos espaços e recursos físicos. Por conseguinte, se aumenta os conflitos de distribuição ecológicos. Ou seja, não se está apenas comprometendo as futuras gerações humanas, se está eliminando espécies da biodiversidade que nem se conhece, e fomentando conflitos ambientais agora.
20/12/2017

Firmado acordo internacional para criar mais 3 milhões de hectares em unidades de conservação na Amazônia

Ivan Richard Esposito, da Agência Brasil - O Ministério do Meio Ambiente assinou ontem (19) uma parceira com o Banco Mundial, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FunBio) e a Conservação Internacional (CI) com o objetivo de transformar mais 3 milhões de hectares na Amazônia em unidades de conservação, no prazo de cinco anos. Ao todo, serão investidos US$ 60 milhões, oriundos do Fundo Mundial pelo Meio Ambiente (GEF, sigla em inglês).

Denominado Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, a parceria prevê ainda melhorar o gerenciamento de unidades de conservação e aumentar a área sob restauração e manejo sustentável na Amazônia brasileira. Segundo o ministério, que coordenará e definirá as ações do projeto, a parceira apoiará o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), criado há 15 anos, e que já transformou mais de 60 milhões de hectares em unidades de conservação na região.

“Considero o ato de hoje de grande importância. Tenho dito que a gente não pode continuar eternamente no comando e controle como maneira de manter a Floresta Amazônica prestando seus serviços ambientais. É preciso que a gente valorize o bem ambiental. Esses recursos vão ao encontro dessa ideia. Temos que agir, de todas as maneiras possíveis, para dar à vertente da sustentabilidade um fortalecimento adequado”, disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante a solenidade de assinatura.
15/12/2017

Planeta Óleo (Documentário BBC)

Neste completíssimo documentário somos convidados a assistir todas as nuances da febre do consumo do petróleo em um levantamento histórico, político, econômico, social sem esquecer dos desdobramentos sobre as mudanças climáticas. Vale a pena conferir!! ☺


Planeta Óleo - Episódio 1/3 : Como o Óleo nos fez 
30/11/2017

Home (Documentário especial)


Home é um documentário lançado em 2009, produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand. O filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico.
26/11/2017

Amazônia Desconhecida (Documentário HD)


Sinopse: A Amazônia é um dos lugares mais famosos do mundo e, curiosamente, um dos menos conhecidos. Em meio a tanta desinformação, o documentário se propõe uma difícil missão. Buscar as inúmeras verdades existentes, derrubando mitos e levando ao público um retrato mais fiel da maior floresta tropical do planeta.

Quais são os vilões do desmatamento? 

Qual o caminho para o desenvolvimento sem agredir a natureza? 

Estas são algumas das questões cruciais envolvendo a Amazônia e que ainda esperam por respostas convincentes. Trata-se de um filme sobre a Amazonia, feito por brasileiros, mas com uma visão global do tema, e apoiado nas mais recentes descobertas e pesquisas cientificas. Um filme que abriga visões conflitantes, e que abre espaço para que muitas vozes possam ser ouvidas.
11/09/2017

BERLIM TESTA CONCEITO DE “CIDADE ESPONJA” PARA COMBATER CALOR E INUNDAÇÕES

CAPITAL ALEMÃ TENTA VIRAR-SE PARA A NATUREZA, NÃO CONTRA ELA
A chuva intensa que se sentiu no final de Agosto provocou pequenas inundações em Lisboa. A causa pode não ser exclusivamente do sistema de escoamento de águas da capital, mas do asfalto e betão que domina não só Lisboa como outras grandes cidades.

Desmatamento e uso de terras para agropecuária são negligenciados como contribuintes para as mudanças climáticas

David Nutt / Lindsey Hadlock, Cornell University - No que diz respeito à luta contra as alterações climáticas, o foco muitas vezes depende da redução do uso de combustíveis fósseis e do desenvolvimento de fontes de energia sustentáveis. Mas um novo estudo da Universidade de Cornell mostra que o desmatamento e o uso subsequente de terras para agricultura ou pastagem, especialmente em regiões tropicais, contribuem mais para a mudança climática do que se pensava anteriormente.
O novo artigo, “Are the Impacts of Land Use on Warming Underestimated in Climate Policy? “, publicado em Environmental Research Letters , também mostra quão significativo esse impacto foi subestimado. Mesmo que todas as emissões de combustíveis fósseis sejam eliminadas, se as atuais taxas de desmatamento tropical se manterem firmes até 2100, ainda haverá um aumento de 1.5 graus no aquecimento global.
28/08/2017

1/3 das áreas protegidas da Amazônia enfrentam problemas, diz estudo

Sabrina Rodrigues, com informações da Assessoria de Comunicação do ICMBio - Na sexta-feira (25), uma pesquisa sobre a Amazônia foi apresentada, em Brasília, a técnicos do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). O estudo alerta que das 388 áreas protegidas distribuídas entre os nove países que abrigam o bioma, 112 enfrentam riscos devido a ação humana.
O estudo “Análise de Vulnerabilidade da Amazônia e suas áreas protegidas” realizado dentro da filosofia de Pan-Amazônia, capitaneada pela Rede Parques, foi realizado pelo WWF, com o apoio do governo alemão. Os resultados do trabalho já foram apresentados em conferências ambientais importantes como Paris, Havaí e Cancún.
26/08/2017

Mineradoras canadenses souberam de extinção de reserva na Amazônia 5 meses antes do anúncio oficial

Decisão do governo sobre a Renca foi
publicada no Diário Oficial sem alarde
Ricardo Senra, BBC Brasil em Washington - Publicada no Diário Oficial da última quinta-feira sem alarde, o decreto que determina a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, surpreendeu muita gente e ganhou manchetes alarmadas no Brasil e nos principais jornais do mundo.
Não foi o que ocorreu com investidores e empresas de mineração canadenses. Em março, cinco meses antes do anúncio oficial do governo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou a empresários do país que a área de preservação amazônica seria extinta, e que sua exploração seria leiloada entre empresas privadas.
O fim da Renca foi apresentado pelo governo Temer durante um evento aberto em Toronto, o Prospectors and Developers Association of Canada (PDAC), junto a um pacote de medidas de reformulação do setor mineral brasileiro, que inclui a criação de Agência Nacional de Mineração e outras iniciativas para estimular o setor.
23/08/2017

Por que não dá para celebrar a queda do desmatamento

Inflexão na taxa ainda não compensa subida dos dois anos anteriores; pior ainda, dados do Imazon apontam pressão de grileiros sobre áreas protegidas do sul do Amazonas que Eliseu Padilha quer tesourar

CLAUDIO ANGELO, Observtório do Clima -Só falta agora o Ministério do Meio Ambiente comemorar os dados de desmatamento do Imazon, publicados nesta terça-feira (22). O governo é crítico contumaz da ONG de pesquisas paraense, que criou o primeiro sistema independente de monitoramento da devastação da maior floresta tropical do mundo. Mas agora esse sistema, o SAD, deu uma notícia que interessa ao ministro Sarney Filho (PV-MA): a taxa de desmatamento em 2017, primeiro ano cheio de sua gestão, caiu 21%. Partiu soltar foguete?

Os dados do Imazon, publicados pelo site G1 e disponibilizados depois na página da organização na internet, de fato sinalizam que algo mudou em relação ao ano passado. O corte raso detectado pelo SAD entre agosto de 2016 e julho de 2017 foi de 2.834 quilômetros quadrados, contra 3.579 quilômetros quadrados nos 12 meses anteriores. A queda na degradação florestal, a destruição silenciosa que precede o desmatamento total, foi ainda mais expressiva: 41% (de 6.225 km2 para 3.671 km2).
10/08/2017

Impactos Ambientais dos Eucaliptos

Roberto Naime, Ecodebate - As questões ambientais ganham importância cada vez maior para a sustentabilidade do desenvolvimento socioeconômico das nações. Isto inclui questões relativas aos impactos ambientais de florestas de eucalipto, sobre a água, o solo, a biodiversidade e a atmosfera.
Assertivas generalistas devem ser recebidas com ressalvas, pois de acordo com as análises elaboradas, os impactos ambientais das florestas de eucalipto dependem, fundamentalmente, das condições prévias ao plantio, da densidade pluviométrica, do tipo de solo, da declividade dos solos e da distância das bacias hidrográficas.
E também das técnicas agrícolas empregadas como densidade do plantio, métodos de colheita, presença ou não de corredores biológicos e atividades consorciadas.

O lado sombrio da energia solar: escassez de insumos, lixo e poluição

José Eustáquio Diniz Alves, Ecodebate - O mundo está passando por uma transição da matriz energética, com declínio relativo dos combustíveis fósseis e aumento das energias renováveis. O futuro será das energias renováveis ou não haverá futuro, pois o carvão, o gás e o petróleo são recursos finitos. A energia solar fotovoltaica tem sido o destaque da nova matriz energética e deve ser a fonte com maior crescimento nas próximas décadas.
Porém, nem tudo são luzes e brilhos. A lei da entropia vale para todas as atividades e para todos os tipos de energia. Há muitos insumos materiais na produção fotovoltaica e a utilização de “terras raras”, que são minerais não renováveis, caros e controlados por poucos países.
04/08/2017

Produção e resíduos de alimentos

Roberto Naime, Ecodebate - Cada vez mais, se utilizam recursos naturais devido ao crescimento das populações, pelas alterações do estilo de vida e devido ao crescente consumo pessoal. Para se contrapor ao consumo insustentável, a comunidade europeia propõe atuar sobre o sistema de recursos de forma integral, incluindo os métodos de produção, os padrões de procura e as cadeias de distribuição.
O sistema alimentar inclui todos os materiais, processos e infraestruturas relacionados com a agricultura, comércio, venda por atacado e varejo, transporte e consumo de produtos alimentares. Tal como a água e a energia, a alimentação é uma necessidade humana básica. Há também uma forte ligação entre a saúde e o bem-estar, com os alimentos. Tanto a subnutrição como a obesidade são problemas de saúde diretamente relacionados com a forma como os produz, comercializa e ocorre o consumo.
01/08/2017

Humanidade já gerou 8,3 bilhões de toneladas de plástico

Quase 80% desses materiais acabaram nos aterros sanitários ou no meio ambiente

MIGUEL ÁNGEL CRIADO - Desde que começou a produção em massa de plásticos, nos anos cinquenta, os humanos geraram 8,3 bilhões de toneladas métricas do material. Dessa quantidade enorme, apenas 9% são reciclados. A grande maioria acaba sem tratamento nos aterros sanitários ou no meio ambiente. Segundo um novo estudo sobre a produção desse material sintético, seu uso e destino final, se continuarmos nesse ritmo, em 2050 haverá mais de 12 bilhões de toneladas de resíduos plásticos.
Apesar de alguns plásticos já existirem no início do século XX, a produção em massa não começou até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando deixou de ser algo quase reservado para os militares. Fruto de reações químicas (polimerização) de compostos orgânicos obtidos em sua maioria do petróleo, o plástico é uma das grandes criações da humanidade. Depois do aço e do cimento, é o produto de origem não natural mais presente na civilização. Mas suas virtudes o transformam em problema quando seu ciclo de vida útil termina.“A maioria dos plásticos não é biodegradável, portanto os resíduos plásticos que estamos gerando nos acompanharão por séculos e até milênios”, diz a pesquisadora da Universidade da Geórgia, Jenna Jambeck. Em 2015, Jambeck e um grupo de colegas estimava que todo ano chegavam aos mares do planeta cerca de oito toneladas de plásticos. Agora, com colegas da Universidade da Califórnia em Santa Barbara e a Associação para a Educação Marina (SEA), Jambeck foi além, calculando quanto plástico geraram os humanos em sua curta história e onde tudo isso foi parar.
31/07/2017

Perda do Cerrado é 50% maior que a da Amazônia

Primeiros dados oficiais de monitoramento do desmatamento no bioma revelam que, em 2015, houve uma redução de 9.483 km2

Giovana Girardi, O Estado de S. Paulo - O Cerrado teve, em 2015, uma taxa de desmatamento 52% superior à detectada na Amazônia. O bioma de árvores baixas e retorcidas, onde nascem alguns dos principais rios do País, perdeu naquele ano 9.483 km2, ou seis vezes a área da cidade de São Paulo, contra 6.207 km2 na Amazônia no mesmo período.
O dado oficial do governo federal, que foi divulgado nesta semana no site do Ministério do Meio Ambiente sem alarde, é o primeiro do monitoramento do bioma que começou a ser feito no ano passado e que, assim como ocorre com a Amazônia, será anual. Ainda não há uma série histórica completa, mas o levantamento indica uma queda nos últimos anos, em especial em relação a 2009, quando a perda foi de 10.342 km2.
29/07/2017

Consequências da elevação do nível do mar no século XXI

Em Kiribati, no Oceano Pacífico, o governo prepara
a inteira população para uma evacuação total.
IFCH/Unicamp - “Não creio que há dez anos os cientistas percebessem quão rapidamente se verificaria o potencial para uma rápida elevação do nível do mar”, afirmou em 2016 Maureen Raymo, uma autoridade mundial em paleoclimatologia [I]. De fato, no último decênio os cientistas vêm detectando uma forte aceleração na taxa de elevação do nível do mar, causada pela expansão térmica da água e pelo degelo continental, processos agravados por furacões mais poderosos e por rebaixamento (subsidência) do nível dos deltas (devido ao represamento dos sedimentos fluviais e ao esgotamento dos aquíferos próximos do litoral). O fato que a urbanização dos litorais continue se intensificando [II], malgrado a certeza dessa aceleração, é mais um exemplo do estado de denegação das evidências em que se encontram as sociedades contemporâneas, incluindo seus segmentos mais escolarizados.
24/07/2017

Genoma da onça-pintada é sequenciado por pesquisadores brasileiros

Adriano Gambarini/ICMBio
Estudos servirão para aprimorar estratégias atuais de conservação da espécie, que corre risco de extinção

ICMBio - O sequenciamento do genoma da onça-pintada foi concluído pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) junto a especialistas de sete países. O animal, maior felino das Américas, está ameaçado de extinção.
O projeto teve ainda a participação de dois analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os dados foram comparados aos genomas de outros quatro grandes felinos (tigre, leão, leopardo-das-neves e leopardo), todos do gênero Panthera.
A análise das informações foi feita durante cinco anos, sob a coordenação do professor Eduardo Eizirik, da Faculdade de Biociências da PUCRS, e resultou na publicação de artigo na revista Science Advances.

Nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas

Elton Alisson, FAPESP - O nível do mar na costa brasileira tende a aumentar nas próximas décadas. No Brasil, contudo, onde mais de 60% da população vive em cidades costeiras, não há um estudo integrado da vulnerabilidade dos municípios litorâneos a este e a outros impactos decorrentes das mudanças climáticas, como o aumento da frequência e da intensidade de chuvas. Um estudo desse gênero possibilitaria estimar os danos sociais, econômicos e ambientais e elaborar um plano de ação com o intuito de implementar medidas adaptativas.
As conclusões são do relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) sobre “Impacto, vulnerabilidade e adaptação das cidades costeiras brasileiras às mudanças climáticas”, lançado nesta segunda-feira (05/06) durante um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
21/07/2017

Aquecimento global e ondas mortais de calor

José Eustáquio Diniz Alves, Ecodebate - O mundo está ficando mais quente, mas umas áreas esquentarão mais do que outras e as ondas de calor ficarão mais frequentes e mais letais. O Brasil vai ser um dos países mais afetados pelas ondas mortais de calor que devem se espalhar pelo globo ao longo do século XXI, ainda que se atinja a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo do patamar de 2º C até 2100.
A figura ao lado mostra o número de dias por ano que excede o limiar de temperatura e umidade para além do qual as condições climáticas se tornam mortíferas no cenário RCP 8.5 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O artigo “Global risk of deadly heat”, publicado no periódico Nature Climate Change (19/06/2017) considera que as mudanças climáticas vão tornar mais frequentes as ondas de calor letais, no cenário de manutenção atual das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Atualmente, 30% dos habitantes da Terra passam por períodos de calor extremo em algum momento do ano, mas ao longo do corrente século, três quartos da população mundial enfrentarão ondas mortais de calor. Mesmo com o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris, a população exposta ao calor mortal será de cerca de 50%.
19/07/2017

Organização Meteorológica Mundial (OMM) registra recordes de calor em diferentes partes do mundo

ONU - Temperaturas extremamente altas para os meses de maio e junho bateram recordes de calor na Europa, Oriente Médio, norte da África e Estados Unidos. A informação foi divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que alertou também que as temperaturas médias dos oceanos e superfícies para os cinco primeiros meses de 2017 atingiram o segundo nível mais alto já registrado.
A agência da ONU lembrou que, em Portugal, temperaturas na faixa dos 40 graus contribuíram para agravar a devastação provocada por incêndios florestais na região de Pedrógão Grande, a 150 quilômetros de Lisboa. Episódio deixou dezenas de mortos e feridos. Na vizinha Espanha, a primavera foi a mais quente em 50 anos. Na França, a OMM prevê que as tardes continuarão tendo temperaturas 10º C acima da média para essa época do ano.

15/07/2017

Redução de Jamanxim subsidiará grileiros em mais de meio bilhão

Estradas ilegais em áreas da Floresta Nacional do
Jamanxim recém queimadas. Foto: Daniel Beltra/Greenpeace
Valor do hectare sairá por até 3,72% do valor de mercado, revela cálculo do Imazon; governo diz que medida vai acabar com a falta de segurança jurídica na região

Observatório do Clima - A redução da Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará, seguindo as regras da recém-sancionada MP da regularização fundiária (759), vai oferecer a um subsídio de até R$ 605 milhões aos produtores rurais, além de grileiros, que hoje ocupam ilegalmente a área pública da Amazônia, revela cálculo realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon.
Para chegar a esse valor, os pesquisadores Paulo Barreto e Elis Araújo, do Imazon, consideraram como base o valor de mercado de um hectare na cidade de Novo Progresso, no Pará: cerca de R$ 1.800. O número foi comparado com a tabela de valor de propriedade do Incra, que segundo a MP deve ser usada como referência para a venda: R$ 672 o hectare naquele mesmo município. A MP, no entanto, impõe que o governo receba entre 10% e 50% do valor dessa tabela, o que significa que o hectare sairá pelo valor mínimo de R$ 67 e pelo valor máximo de R$ 336. Considerando o preço de R$ 1.800, a regularização fundiária poderá ser feita por até 3,72% deste valor.
14/07/2017

Para tentar se manter no poder, Temer entrega a Amazônia a ruralistas

Governo reapresenta proposta que reduz a proteção de florestas no Pará. Essa semana, Temer também sancionou a Medida Provisória que libera grilagem na Amazônia

Greenpeace - Esta semana, Temer cumpriu bem seu papel no acordo que tem feito com a bancada ruralista para tentar se manter na cadeira da presidência. Após sancionar a Medida Provisória 759, liberando a grilagem de terras na Amazônia, reapresentou nesta quinta sua proposta de reduzir a proteção de Unidades de Conservação no Pará, liberando mais áreas de floresta para desmatamento e grilagem. Usar a Amazônia como moeda de troca terá um custo muito alto para o país e para o planeta: mais destruição e violência no campo.
O projeto de lei (PL) 8107/2017, enviado pelo governo ao Congresso Nacional em caráter de urgência, reduz a área total da Floresta Nacional do Jamanxim e transforma uma parte em Área de Proteção Ambiental - categoria de unidade de conservação que permite atividades como pecuária e agricultura, entre outras. A proposta legitima ocupações ilegais de terra e estimula o mesmo ciclo de grilagem e destruição em outros lugares.

Acidificação dos oceanos reduzirá significativamente a diversidade de peixes

Pesquisadores da Universidade de Adelaide demonstraram, pela primeira vez, que a acidificação dos oceanos, esperada no futuro, reduziria significativamente a diversidade de peixes.

Professor Ivan Nagelkerken, Environment Institute. University of Adelaide - Em estudo publicado na Current Biology, os pesquisadores estudaram as interações das espécies em ambientes marinhos naturais em aberturas vulcânicas subaquáticas, onde as concentrações de CO 2 combinam com as previstas para os oceanos no final do século. Eles foram comparados com ambientes marinhos adjacentes com níveis atuais de CO 2 .
“A maioria das pesquisas sobre os impactos das mudanças climáticas, até agora, envolveu o estudo de espécies individuais ou pequenas em curtos períodos de tempo”, diz o líder do projeto, Professor Ivan Nagelkerken*, ecologista marinho no Instituto de Meio Ambiente da Universidade.
“A partir desses estudos, houve previsões de que a biodiversidade dos peixes seria reduzida – mas nunca fomos capazes de fornecer provas firmes antes.

Iceberg gigante se desprende de plataforma na Antártida

Um dos maiores icebergs já registrados na história, o "A68" se desprendeu de um gigantesco bloco de gelo na Antártida, anunciaram nesta quarta-feira (12) os cientistas da Universidade de Swansea, no Reino Unido.    

Agência ANSA - O gigante iceberg, que é maior que a área do Distrito Federal e pesa um trilhão de toneladas, separou-se do segmento Larsen C, a maior plataforma de gelo do norte do continente.
Pesquisadores e cientistas já acompanhavam a rachadura há anos, mas, em 2016, afirmaram que o ritmo da fissura tinha aumentado a patamares nunca vistos, avançando 18 km a cada duas semanas. Os especialistas acreditam que o bloco tenha se soltado entre os dias 10 e 12 de junho, de acordo com imagens de satélites. Adrian Luckman, professor da Universidade de Swansea e que monitora o "A68", afirmou que uma das possibilidades é que o iceberg se quebre em vários outros blocos menores.

Parte do gelo pode permanecer na área por décadas, enquanto outros pedaços do iceberg devem navegar em direção ao norte e derreter. Isso elevaria o nível do mar, além de ser um risco para navios e de cruzeiros que fazem rota para a América do Sul.

Sociedade civil apresenta na ONU retrocessos do Brasil na agenda do desenvolvimento sustentável

Fábio de Almeida Pinto - Coordenador Executivo do IDS - Pelo visto o Brasil passará por novo constrangimento internacional. Depois da Noruega informar que reduzirá o aporte ao Fundo Amazônia e da participação apagada do País na reunião do G20 em Hamburgo, o palco do próximo embaraço será o Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, que começa nesta segunda-feira (10) e se encerra no próximo dia 19 em Nova York.
O encontro discutirá se o mundo caminha em direção à prosperidade social e ao desenvolvimento sustentável. Cada país apresentará seus avanços na implementação da Agenda 2030, formada pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre eles a erradicação da pobreza, a segurança alimentar, a inclusão socioprodutiva, a saúde da população, a equidade de gênero e a proteção dos ecossistemas marinhos.

Manual, disponível para download gratuito, busca popularizar compostagem

Disponível gratuitamente na Internet, publicação orienta sobre a prática em ambiente doméstico, comunitário e institucional.

Waleska Barbosa, MMA - Os orgânicos representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil. Apesar disso, apenas 1% desse total é destinado a compostagem. Para popularizar a prática e disseminar conhecimento sobre a reprodução do ciclo dos resíduos orgânicos, está disponível gratuitamente na Internet a publicação Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos: Manual de Orientação.
O manual é o primeiro resultado do Acordo de Cooperação Técnica firmado em 2015 entre a Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Social do Comércio de Santa Catarina (Sesc/SC) e o Centro de Estudo e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro). A parceria tem por objetivo estabelecer intercâmbio de experiências, informações, material técnico, metodologias e tecnologias referentes à gestão comunitária e institucional de resíduos orgânicos, associada à agricultura urbana e à educação ambiental.
09/07/2017

Assembleias legislativas deixam claro que não se preocupam com meio ambiente

Vladimir Passos de Freitas, Conjur - A Constituição Federal de 1988 dedicou especial atenção à proteção do meio ambiente, assim dispondo no artigo central sobre a matéria:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Vê-se, pois, da redação acima, que ao Poder Público impõe-se o dever de preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. Isto significa que toda a administração pública, direta ou indireta, na esfera federal, estadual e municipal, deve zelar pela preservação ambiental.

É certo que, na divisão de poderes tradicional, ao Poder Legislativo cabe legislar sempre que necessário sobre o tema ambiente, ao Executivo, executar suas atividades de forma que elas se compatibilizem, ao máximo, com a proteção do meio ambiente e, ao Judiciário, sempre que chamado a manifestar-se sobre o assunto, nos conflitos coletivos ou individuais que lhe sejam submetidos, decidir de forma a atender o comando constitucional.
07/07/2017

Novo Código Florestal contribuiu para aumento do desmatamento, diz ministro do Meio Ambiente

Segundo Sarney Filho  (esq.), desmatamento foi ascendente nos
últimos dois anos, mas já há sinais de que isso
está sendo revertido
Em seminário sobre cinco anos da lei, parlamentares alertaram para novos retrocessos para o meio ambiente

Cleia Viana / Câmara dos Deputados - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse nesta quarta-feira (5) que o novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) foi uma das causas para o aumento do desmatamento no Brasil nos últimos dois anos. Para ele a concessão de anistia de multas por desmatamento ilegal levou à maior destruição de florestas. As declarações foram feitas no Seminário “5 Anos do Código Florestal: desafios e oportunidades”, promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, em parceria com o Observatório do Código Florestal e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.
Na avaliação do ministro, o aspecto positivo do código foi a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – o banco de dados que armazena informações ambientais sobre as mais de cinco milhões de propriedades rurais do País. De acordo com informações do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), mais de 4 milhões de imóveis rurais já foram cadastrados no Cadastro Ambiental Rural.
06/07/2017

Ações para a gestão eficiente dos resíduos sólidos nos municípios

Antonio Silvio Hendges, Ecodebate - Com a entrada em vigor da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, Lei 12.305/2010 são estabelecidos os princípios, diretrizes e objetivos para a gestão do lixo no Brasil. Um dos objetivos, a extinção dos lixões até o ano de 2014 não foi alcançado, ainda persistindo a existência 2.976 lixões e aterros irregulares utilizados por aproximadamente 3.300 municípios, com impacto direto na vida de 77 milhões de brasileiros, de acordo com informações da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública – Abrelpe, citada no JN no dia 08/05/2017. São 30 milhões de toneladas anuais que não passam por tratamento adequado e são dispostos sem nenhum cuidado com a saúde pública e o meio ambiente.

Atualmente está em debate legislativo no Congresso Nacional a atualização da PNRS com o estabelecimento de novos prazos para a adequação dos municípios e o fim dos lixões e aterros irregulares. Para que os municípios obtenham bons resultados e consigam atender aos requisitos da PNRS, é fundamental que estabeleçam políticas consequentes que organizem a gestão e a responsabilidade compartilhada pelos diversos resíduos gerados em seus territórios. Seguem-se algumas diretrizes para que os municípios avancem na consolidação das suas responsabilidades e da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
28/06/2017

Curiosidades: A primeira bicicleta de plástico reciclado do mundo é brasileira

Autossustentável - Que tal uma armação de bicicleta produzida a partir de plástico de garrafas PET, embalagens de shampoo e peças de geladeira? Pelo menos a 2.500 pessoas essa ideia interessa. Elas estão numa lista de espera para adquirir uma bike de quadro reciclado que é fabricada, sob encomenda, em São Paulo. Essa bicicleta é mais resistente, flexível e barata. Isso porque o plástico não enferruja, amortece naturalmente e sua fabricação transforma resíduos sólidos em um novo produto.

A invenção é do artista plástico uruguaio Juan Muzzi, radicado no Brasil. Ele iniciou em 1998 pesquisa de materiais PET e Nylon como fonte de matéria prima, em São Paulo. A produção concluída em 2008, mas foi necessário um ano de teste para a comercialização do produto para garantir o selo do INMETRO de qualidade e patenteada na Holanda em 2012. “Tenho a patente da primeira bicicleta de plástico reciclado do mundo”, diz.
24/06/2017

Noruega corta 50% do Fundo Amazônia, e Sarney entrega desmatamento a Deus

País doador cumpre ameaça feita em carta no começo da semana; em Oslo, ministro do Meio Ambiente diz que “só Deus pode garantir” que o desmatamento na Amazônia será reduzido; Temer enfrenta protesto em último dia de visita oficial

SABRINA RODRIGUES, D’OECO - O governo da Noruega cumpriu a ameaça de cortar os repasses para o Fundo Amazônia diante da alta das taxas de desmatamento e da série de propostas em discussão no governo e no Congresso para enfraquecer a proteção ambiental no Brasil. O corte será de 50%, ou seja, de R$ 400 milhões para aproximadamente R$ 200 milhões. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22), na presença do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, em Oslo.

Na manhã de sexta-feira (23), manifestantes protestaram contra a política ambiental do presidente Michel Temer na capital norueguesa. A primeira-ministra da Noruega. Erna Solberg, expressou diante de Temer sua preocupação com o aumento do desmatamento e confirmou o corte. O presidente encerra sua visita oficial ao país escandinavo nesta sexta.
22/06/2017

O futuro da Energia Solar pode ser brilhante

José Eustáquio Diniz Alves, Ecodebate - O Planeta azul, pertencente ao sistema solar, tem testemunhado o grande crescimento de uma espécie que está mudando o equilíbrio homeostático da Terra. O Homo sapiens, que surgiu há cerca de 200 mil anos, tem realizado revoluções permanentes que tem transformado a vida na “Spaceship Earth” (Boulding, 1966). Utilizando a energia solar de forma indireta (fotossíntese, etc.) a humanidade tem avançado sobre a comunidade biótica.

Há 10 mil anos, a revolução agropecuária aconteceu quando o ser humano aprendeu a cultivar o seu alimento e passou a domesticar os animais e utilizá-los como fonte de energia e meio de transporte. Esta revolução possibilitou o avanço da civilização, em suas múltiplas características regionais e geográficas. A idade da pedra lascada foi substituída pela idade da pedra polida e ambas foram superadas pela metalurgia do bronze.

Mas foi a Revolução Industrial e Energética do século XVIII que possibilitou o grande salto civilizacional, ao combinar o uso dos instrumentos da manufatura e da grande indústria com a energia extrassomática dos combustíveis fósseis (primeiro o carvão mineral e depois o petróleo e o gás). Os ganhos de produtividade foram excepcionais, o que permitiu o avanço do bem-estar humano e o grande crescimento da população mundial e das atividades antrópicas globais.
06/06/2017

O potencial do aproveitamento de resíduos

O Cidades e Soluções encontra em Cachoeiras de Macacu, a 100 quilômetros do Rio, dois exemplos que mostram o potencial de aproveitamento de resíduos que teriam como destino os aterros sanitários ou mesmo os rios. Uma das empresas, a Action Shop, aluga banheiros químicos e dá destinação inteligente para tudo que vem dentro deles. E a Vide Verde coleta restos de alimentos de restaurantes.


05/06/2017

Será que podemos comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente?

Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno, Ecodebate - No dia 5 de junho de 1972, foi realizada em Estocolmo a primeira conferência da ONU sobre meio ambiente. Desde então, a data passou a ser celebrada como o Dia Mundial do Meio Ambiente e nos oferece a oportunidade de refletir sobre o que temos a comemorar. Certamente, houve avanços, mas ainda há muito que fazer.
Um exemplo é o Acordo de Paris, compromisso considerado histórico que foi negociado por 195 países, chegando a um consenso de que o aumento da temperatura global deverá ser limitado a patamares abaixo de 2°C. Para que isso seja possível, esse acordo precisa avançar rapidamente com a prática efetiva de políticas que visam reduzir a emissão dos gases de efeito estufa (GEE), com a redução iminente ou até mesmo, o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento. No entanto, já temos indicações de que EUA e outros países retirarão o apoio.
01/06/2017

Trump diz adeus a Paris. UE e China querem salvar clima

País vai cessar já o cumprimento das ações não vinculativas do acordo. Obama critica decisão e acusa sucessor de "rejeitar o futuro"

REUTERS/KEVIN LAMARQUE - Donald Trump confirmou ontem a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, tornando-o num dos três países, a par da Síria e Nicarágua, que ficam fora do entendimento e distanciando-se dos seus aliados. Mas não exclui voltar, em termos ditados por Washington.
"Os Estados Unidos vão sair do Acordo de Paris para o Clima mas iniciar negociações para reentrar ou no Acordo de Paris, ou um negócio inteiramente novo, em termos que sejam justos para os Estados Unidos, as suas empresas, os seus trabalhadores, o seu povo, os seus contribuintes", afirmou o presidente norte-americano, que lidera a segunda nação mais poluidora do mundo, a seguir à China. "Se conseguirmos, ótimo. Se não, tudo bem", acrescentou. Esta saída do acordo não será imediata: Trump terá de dar início a um longo processo de desvinculação que não ficará concluído antes de novembro de 2020, o mesmo mês em que deverá ir a votos para a sua reeleição.
28/05/2017

Merkel classifica discussão sobre o acordo contra a mudança climática no G7 como ‘muito insatisfatória’


Agência EFE / ABr - A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou ontem (27) como “muito insatisfatória” a discussão sobre o acordo contra a mudança climática feita ao longo da Cúpula do G7 na cidade italiana de Taormina.
“Foi muito difícil e muito insatisfatória a discussão geral sobre o tema do clima”, avaliou Merkel em declarações à imprensa ao final do encontro, no qual todos os participantes, exceto os Estados Unidos, reiteraram o compromisso de implementar “rapidamente” o Acordo do Clima de Paris. As informações são da Agência EFE.
12/05/2017

Incentivo de Trump à energia fóssil – Um passo atrás e em falso

André Ferretti, Ecodebate - Incentivo à produção de energia à base de carvão mineral e desestímulo à energia limpa são duas consequências imediatas do decreto assinado em 28 de março pelo presidente dos Estados Unidos. Outro efeito – perverso e, infelizmente, desconsiderado por Donald Trump – é o aumento da vulnerabilidade da própria sociedade norte-americana aos efeitos negativos da mudança climática. Nesse cenário, cabem preocupações sobre o quanto essas medidas afetarão em cadeia o esforço global de reduzir as emissões de gases de efeito estufa; por outro lado, abre-se espaço para que o Brasil e outros países consolidem-se como protagonistas de uma nova economia voltada à proteção ambiental e à baixa emissão de carbono.
O decreto de Trump desmonta o Plano de Energia Limpa dos EUA aprovado pelo seu antecessor em 2015, que criava incentivos para o avanço de fontes de energia não baseadas em combustíveis fósseis. Sob argumentos contestáveis de retomada de postos de trabalho, Trump deu um passo atrás e em falso ao tirar restrições do setor de carvão mineral, que é uma das fontes de energia mais poluentes.

Brasil assume compromissos internacionais pelo clima

País se comprometeu a reduzir emissão de carbono em 43% e a reflorestar e promover regeneração de 12 milhões de hectares

Portal Brasil, com informações do Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura e Bonn Challenge - Até 2030, o Brasil pretende reduzir em 43% as emissões de carbono em relação a 2005. Antes disso, até 2025, a meta é que o País corte 37% das emissões.
Esses compromissos constam no Acordo de Paris, que estabelece medidas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, e representam apenas alguns dos acordos ambientais assumidos pelo governo federal no primeiro ano da administração do presidente Michel Temer.
O objetivo do Acordo é conter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, além de reunir esforços para limitar esse aumento a 1,5°C. O compromisso foi selado por meio da assinatura do Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). 
Confira outras iniciativas do Brasil, no primeiro ano de governo Temer, para enfrentamento das mudanças climáticas e preservação da biodiversidade:

Características de um profissional da área de meio ambiente

A área bastante eclética de um profissional de meio ambiente exige mais que conhecimentos técnicos. Conheça aqui algumas habilidades que você deve desenvolver para ter sucesso profissional.

Renata Pifer - A área ambiental é bastante eclética e, por este motivo, hoje encontramos profissionais de diversas áreas atuando neste setor. Independentemente da sua formação um profissional que atua na área de meio ambiente exerce uma variedade de atividades assumindo importantes responsabilidades dentro de uma organização.
Obter e atualizar o licenciamento ambiental , realizar a avaliação dos impactos ambientais causado pelas atividades dentro e fora da empresa, entender de legislação e acompanhar as suas mudanças para garantir a conformidade legal, e, ainda, criar projetos de redução do impacto e conscientização do uso dos recursos naturais, tais tarefas são bastante conhecidas, entretanto para ser um profissional de sucesso existem algumas características básicas que devem ser desenvolvidas.
09/05/2017

Inpe vai usar computador de bordo para monitorar meio ambiente

Com baixo custo e alta confiabilidade, o equipamento foi construído por estudante da Universidade Federal do Ceará

Portal Brasil, com informações do MCTIC - Um computador de bordo desenvolvido na Universidade Federal do Ceará (UFC) será integrado a um projeto de coleta de dados ambientais por meio de cubesats do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Com baixo custo e alta confiabilidade, o equipamento, chamado Open OBC, é usado para controlar satélites de pequeno porte.
O uso de satélites para o monitoramento de dados do meio ambiente é uma necessidade que vem sendo suprida pelo Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA) desde 1993, quando entrou em órbita o primeiro equipamento projetado e construído no Brasil, o SDC-1.
O sistema tem sido usado em diversas áreas, principalmente no monitoramento de bacias hidrográficas, na previsão meteorológica e climática, nos estudos de correntes oceânicas e da química da atmosfera, nas análises dos níveis de poluição e no prognóstico e mitigação de desastres naturais.
07/05/2017

Brasil e França formam rede de pesquisa em energia e meio ambiente

A Escola Politécnica (Poli) da USP é uma das instituições que integram a parceria, considerada um “laboratório sem muros”

Jornal da USP com a Assessoria de Comunicação da Poli Das instituições que integram a chamada rede de pesquisa 6+5, que reúne cientistas da França e do Brasil, incluindo a Escola Politécnica (Poli) da USP, nasceu o Laboratoire International Associé Franco Brésilien – Energie & Environnement (L.I.A.), que começa a operar oficialmente este mês.
O L.I.A. é um ‘laboratório sem muros’, criado pelo governo francês, para estruturar colaborações entre equipes de pesquisa e laboratórios da França com parceiros de outros países com quem já realiza algum tipo de trabalho conjunto. A rede vai atuar por quatro anos, prorrogáveis por mais quatro, em pesquisas de fontes de energia renováveis, observando todas as suas facetas: a produção, o consumo, os impactos ambientais, a integração e interação com outras formas de energia, e as redes de distribuição.
05/05/2017

Plano ambiental mais flexível vai à votação no Congresso

Jornal O Estado de S. Paulo - Projeto de lei altera profundamente o processo de licenciamento ambiental no país, dispensando a necessidade de realização de estudos e de autorização para diversas atividades de infraestrutura A bancada ruralista ignorou, mais uma vez, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e pautou para hoje a votação de um projeto de lei que altera profundamente o processo de licenciamento ambiental no país, dispensando a necessidade de realização de estudos e de autorização para diversas atividades de infraestrutura, como pavimentação de rodovias, ampliação de portos e melhorias em sistemas de energia. Contra a vontade de Sarney Filho, o projeto de lei 3729/2004, relatado pelo deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), está na pauta da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, para que seja apresentado em regime de urgência. O projeto de lei simplesmente atropela proposta que Sarney Filho havia costurado com a Casa Civil em torno de uma nova Lei Geral do Licenciamento. Ao Estado, a presidente do Ibama, Suely Araújo criticou duramente a proposta da bancada ruralista. "As propostas que trazem um grande número de isenções e flexibilizações de condicionantes ambientais podem aumentar a judicialização", ressaltou.

Índia quer vender apenas carros elétricos a partir de 2030

Dyogo Fagundes, Carplace UOL - Além da China, outra grande economia emergente promete revolucionar seu próprio mercado interno com apoio maciço à chegada dos elétricos. Trata-se da Índia, que anuncia nesta semana a ambiciosa meta de comercializar unicamente carros de propulsão elétrica a partir de 2030. O feito será alcançado com apoio do governo, por meio de subsídios, bem como com a ampliação da demanda por meio do “despertar” do consumidor para a tecnologia.
As palavras são de Piyush Goyal, ministro da Energia, que acredita na meta como algo razoavelmente alcançável. “Nós vamos introduzir veículos elétricos de uma maneira muito grande. Vamos fazer veículos elétricos autossuficientes … A idéia é que até 2030 nenhum único carro a gasolina ou diesel deva mais ser vendido no país “, disse.

Os desafios enfrentados por 16 cidades latino-americanas para se tornarem sustentáveis

Constanza Martínez Gaete, Arch Daily - “De Ciudad Emergentes a Ciudades Sostenibles. Comprendiendo y proyectando las metrópolis del siglo XXI” é a mais recente publicação do Programa de Cidades Emergentes e Sustentáveis do banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que analisa como decorreram os processos de planejamento e desenvolvimento urbano em 16 cidades da América Latina e Caribe nos últimos cinco anos.
O relatório foi elaborado por Horacio Terraza, especialista em urbanismo e Coordenador do Programa de Cidades Emergentes e Sustentáveis; Daniel Rubio, Doutor em Planejamento Territorial; e Felipe Vera, Professor e Co-diretor do Centro de Ecologia, Paisagem e Urbanismo da Universidade Adolfe Ibañez.
Em pouco mais de 160 páginas, os autores compartilham suas análises, reflexões e projeções sobre as denominadas cidades emergentes, que são aquelas que, embora tenham população inferior a 2 milhões de habitantes, estão protagonizando um crescimento acelerado que indica como poderão enfrentar os novos desafios urbanos almejando um desenvolvimento sustentável.
01/04/2017

Adulteração de alimentos e a lógica do agronegócio

Ana Alvarenga, Ecodebate - BRF e JBS, duas das maiores multinacionais da indústria de carnes do mundo, companhias brasileiras responsáveis pela exportação – além da comercialização doméstica – principalmente de carne bovina e de aves para Europa, Ásia e América Latina, são protagonistas do novo episódio de corrupção no Brasil envolvendo grandes companhias, neste caso entre fiscais de governo e funcionários das mencionadas corporações, incluindo-se o diretor de uma delas.
O que a operação policial “Carne Fraca” significa para a sociedade? Que estamos mais protegidos das diversas fraudes cometidas pelas empresas? Ou que cada vez mais perdemos o controle do que consumimos e do para que se trabalha num sistema alimentar globalizado e atrelado a grandes investidores de capital? A adulteração de produtos alimentícios é exclusividade de empresas brasileiras ou a deflagração do esquema de corrupção tem a ver com forças políticas? Quem mais se prejudica e quem se beneficia de uma cadeia de alimentos globalizada e estreitamente atrelada ao sistema financeiro?
29/03/2017

Trump revoga medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa dos EUA

Paola De Orte, Agência Brasil - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ontem (28) o decreto-executivo da Independência Energética, que revê medidas do governo do ex-presidente Barack Obama que tinham como objetivo diminuir as emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos para atender aos compromissos feitos no Acordo de Paris, de 2015. Segundo Trump, o decreto é necessário uma vez que a gestão Obama implementou regulamentações “caras que prejudicaram os empregos e a produção de energia nos Estados Unidos”. “Nós vamos colocar um fim à guerra contra o carvão”, disse o presidente norte-americano.

Em seu discurso, Trump fez referência ao Plano de Energia Limpa de Obama, que obrigou os estados a limitarem as emissões de carbono em suas usinas energéticas. Segundo a Casa Branca, o plano poderia custar aos americanos até U$ 39 bilhões por ano e aumentar em pelo menos 10% o preço da eletricidade em muitos estados. A medida já havia sido suspensa pela Suprema Corte norte-americana depois que estados entraram com ações na Justiça pedindo sua revogação.
28/03/2017

Vida Urbana e Sustentabilidade


Em sua quinta edição, a Semana de Meio Ambiente da TV Escola levanta uma reflexão sobre produção e consumo sustentáveis, além de tratar de temas como: o uso da água, agroecologia, mudanças climáticas, bioconstrução, urbanização e sustentabilidade. Essa 5ª Semana conta ainda com os quadros Eco Ação, com experiências de educação ambiental nas escolas, documentários especiais, entrevistas, curiosidades sobre meio ambiente e a produção autoral dos alunos e professores que enviaram seus vídeos para o Concurso Ecovídeo.
26/03/2017

Aumento da temperatura global se aproxima de 1,5º Celsius

José Eustáquio Diniz Alves, Ecodebate - O ano de 2016 foi o mais quente já registrado. Pior, os três últimos anos foram os mais quentes desde o início da série de medição iniciada em 1880, com uma temperatura média 0,94º C acima da média do século XXI, em 2016, 0,90º C em 2015 e 0,74º C, em 2014. O clima fez um hat-trick.

Dos 17 anos mais quentes já registrados, 16 estão no século XXI. E o pior é que os dois primeiros meses de 2017 indicam que a temperatura do ano vai continuar alta, provavelmente menor do que 2016, mas mais elevada do que a de 2014 e talvez 2015. Tanto as temperaturas de janeiro (0,89º C) e fevereiro (0,98º C) de 2017 foram as segundas mais altas da série histórica para os respectivos meses, desde 1880. Parece que o calor veio para ficar.

Estas medições são importantes, especialmente porque os acordos internacionais falam em limitar o aquecimento global, no melhor cenário, a 1,5º C em relação ao período pré-industrial, ou seja, em relação ao período anterior ao início da utilização generalizada dos combustíveis fósseis.

Para se ter uma linha base mais próxima do período pré-industrial, a maioria dos cientistas que estudam o aquecimento global compara as temperaturas de hoje com as do final do século XIX. Mas um novo estudo mostra que o aquecimento já tinha se iniciado em meados do século XIX e registra o quanto o mundo já está perto de romper as metas de aquecimento do Acordo de Paris.

Quanto vale uma floresta

Quem são os empreendedores que estão investindo centenas de milhões de reais para fazer das matas nativas da Amazônia um celeiro de sustentabilidade ambiental e avançar sobre um setor que movimenta US$ 21,5 bilhões por ano no mundo

Dinheiro Rural - Desde 1974, o pecuarista Carlos Eduardo Ribeiro do Valle, 70 anos, é dono da fazenda Mutirão, uma área de 25 mil hectares no município de Paragominas, no nordeste do Pará. Como manda a lei ambiental, Valle sempre explorou apenas 20% da área, o equivalente a cinco mil hectares para a criação de gado. O resto é mata fechada, intocada. Apesar de sempre ter mantido sua propriedade dentro da lei, nos anos de 2007 e 2008, ele foi arrastado para o olho do furacão. Motivo: a Mutirão estava em uma região que encabeçava a chamada lista suja do desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, composta por 36 municípios, no caso, Paragominas. As cidades ficaram na mira da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em ações policiais contra a derrubada ilegal de árvores na Amazônia. “Era a época da Operação Arco de Fogo, com muita gente presa e inúmeras madeireiras ilegais fechadas”, afirma Valle. “Foi um tempo difícil, mas também um recomeço para a região.” Naquela época, Paragominas tinha 874 mil hectares desmatados e degradados, equivalente à metade de sua área total.

Contaminação ambiental por cemitérios

Roberto Naime, Ecodebate - Um dos maiores especialistas do país, na contaminação gerada pela percolação de necrochorume nos terrenos, é o geólogo Leziro Marques da Silva que atua na área há algumas décadas. Alicerçado em observações realizadas por este agente ambiental, se estima que cerca de 75% dos cemitérios do país tenham problemas com vazamentos de necrochorume, que é o líquido resultante da decomposição dos corpos, e que contamina preferencialmente aquíferos freáticos e eventualmente reservas subterrâneas.
Dados registram que num intervalo de até seis meses após a morte, um corpo de 70 quilos tende a perder até 30 quilos em forma de necrochorume. A contaminação do lençol freático, em locais em que a profundidade da água é muito pequena, é de natureza química e microbiológica, com os materiais podendo contaminar os seres vivos de qualquer natureza, com uma série de moléstias e doenças infectocontagiosas.
25/02/2017

A demanda de energia e o crescimento das fontes renováveis até 2035

José Eustáquio Diniz (Ecodebate) - O relatório anual Energy Outlook de 2017, da BP, mostra que a demanda global de petróleo continuará a crescer até a década de 2035, mesmo considerando que as frotas de veículos elétricos devem se expandir e o processo de transição energética de baixo carbono ganha força em todo o mundo.

Mesmo com a diminuição da demanda global, a presença de combustíveis fósseis – petróleo, carvão mineral e gás deverão continuar a ser as fontes dominantes de energia que alimentam o mundo, mas passarão de 85% em 2015 para 75% em 2035.

Entre os combustíveis fósseis, o gás será o combustível de maior crescimento, aumentando a participação no mix energético, devendo superar o carvão, para ser a segunda maior fonte de combustível até 2035. O petróleo deve continua a crescer, mas em ritmo menor, diminuindo sua participação relativa na matriz energética. O mesmo deve acontecer com o carvão, que deverá atingir o seu pico em meados da década de 2020.
23/02/2017

Gestão da água volta para o Estado em 235 cidades no mundo

Rio Sena - Paris - Nathan Alliard/Photononstop/Corbis
Desde 2000, 235 cidades remunicipalizaram seus serviços de tratamento de água

MARÍA MARTÍN - Não é uma palavra fácil de pronunciar e ainda menos de implementar, mas a remunicipalização da água é considerada uma tendência mundial. Em 15 anos, 235 cidades e cerca de 106 milhões de habitantes retomaram a gestão do tratamento e fornecimento de água das mãos de empresas privadas. Entre elas pequenos municípios de países pobres, mas também grandes capitais como Berlim, Paris ou Buenos Aires. França, berço da Suez e da Veolia, duas poderosas multinacionais que dominam o mercado da água no mundo, é hoje o reino das remunicipalizações, com 94 casos desde o ano 2000. Embora no Brasil essa tendência seja observada de longe, Itu, o município no interior de São Paulo que sofreu drásticos cortes de água e protestos violentos no ano passado, anunciou nesta quinta-feira a intervenção da concessionária, Águas de Itu. A intervenção do município de 155.000 habitantes ameaça a continuidade de um contrato que só acabaria em 2037 e abre as portas para que a remunicipalização do serviço possa acontecer no futuro.
21/02/2017

“A terra de oportunidades”. Desenvolvimento chega a Mato Grosso com bala e devastação

Comparação da cobertura florestal do município de Sinop em 1986 e
em 2016: em apenas 30 anos, quase toda floresta foi devastada.
Elaboração: Mauricio Torres
The Intercept - Logo na entrada, o letreiro “Sinop, capital do Nortão” dá as boas-vindas à cidade localizada às margens da rodovia BR 163, a quase 500 km ao norte de Cuiabá, capital de Mato Grosso. Com 125 mil habitantes, Sinop exala prosperidade. No coração do Brasil, o município – que tem apenas quarenta anos de fundação, é repleto de lojas luxuosas que vendem de equipamentos eletrônicos aos últimos lançamentos da moda. Concessionárias ofertam veículos novos e caros, principalmente caminhonetes com tração nas quatro rodas, próprias para rodar nas estradas de terra que ligam as muitas e ricas fazendas ao redor. Ao passear pelo centro da cidade, com suas lojas de fachadas de gosto duvidoso, a mensagem é clara: temos muito dinheiro e não precisamos conter despesas.
15/02/2017

A água brasileira corre para as multinacionais

Flávio José Rocha da Silva, Ecodebate - A história do Brasil, não é novidade, foi forjada por uma sucessão de saques contra as nossas riquezas naturais. A lista é longa: pau-brasil, açúcar, ouro, diamantes, algodão, café, ferro, borracha, nióbio, sal, mogno, petróleo, etc. Como o que está ruim pode piorar, como diria um pessimista empedernido, eis que agora podemos acrescentar a água a esta lista.
Antes já comprovadamente explorada na irrigação e dando base para o que hoje é chamado de “exportação da água virtual” com a venda de frutas e de soja para fora do país (há outros itens, mas estes são os mais relevantes atualmente), o controle dos recursos hídricos avança no país por parte das multinacionais. A água nossa de cada dia já gera, há muito tempo, lucro para alguns grupos econômicos estrangeiros vindos de países sem a mesma abundância em mananciais como tem Brasil. Há razões para essas empresas se instalarem aqui no nosso país. Basta afirmar que para produzir 1 quilo de banana são gastos 790 litros de água, segundo o site da Waterfootprint2(organização que mede o gasto de água para produzir alguns alimentos e produtos). No caso da soja, para produzir 1 quilo desta leguminosa são necessários 1.500 litros de água. Adivinhe o nome do país que se tornou o maior produtor de soja no mundo
11/02/2017

Contenção de rejeitos feita pela Samarco não elimina degradação ambiental, diz Ibama

Rayder Bragon / Colaboração para o UOL - O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) considerou incompleto o trabalho feito pela mineradora Samarco, que anunciou, nesta segunda-feira (6), ter concluído obras de contenção de rejeitos de minério de ferro na região da barragem de Fundão, que se rompeu em novembro de 2015, em Mariana (MG).

O estouro da estrutura matou 19 pessoas [um corpo ainda não foi localizado] e lançou um mar de lama na bacia do rio Doce, sendo considerado o maior desastre ambiental do país.

Para o instituto, a mineradora, controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP, ainda tem demonstrado morosidade na retirada do material que escoou da barragem e ficou depositado na bacia do rio Doce, causando degradação ambiental. O trecho considerado mais crítico é o que engloba a distância entre Mariana e a hidrelétrica Risoleta Neves, mais conhecida como usina de Candonga, na cidade de Santa Cruz do Escalvado [210 km de Belo Horizonte]. A hidrelétrica serviu como uma espécie de equipamento de contenção de parte da lama. Esse trecho entre as duas cidades mineiras compreende pouco mais de 100 quilômetros.

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